sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Semana da CACOFONIA V

Como sempre, há pouco livros sobre este assunto. De longe, o melhor é o Dicionário de cacófatos de Eno Teodoro Wanke, Editora Codpoe, RJ, 1991, 55 páginas. Wanke falecido em 2001, sempre foi um aficionado por jogos verbais. É dele um dos raros livros sobre palíndromos em nosso idioma (veja mais informações aqui). Em seu Dicionário de Cacófatos, Wenke cita desde palavrões, nomes próprios, frases folclóricas, trovas escabrosas, frases duplo sentido, etc. No inicio do livro discorre sobre as origens, significados e os motivos para se evitar a cacofonia.



Um outro livro sobre cacofonia é o Se eu cozinho, eu lavo? (Mil pegadinhs de duplo sentido) de Gerson Gomes e Nando Grimberg, Editora Matrix, SP, 2006, 100 páginas.
A obra é uma coletânea de mil frases cacofônicas. Algumas clássicas, outras criados pelos autores.


                               
E para minha surpresa eis que há um livro gratuito para se ler chamado Escrever sem cacófatos de Ivone Cubarenco que esta disponível para leitura gratuita no site Bookess.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Semana da CACOFONIA IV

Já falei que o humor se apropria e muita da cacofonia.
Certa vez, o saudoso "Bahiano", barbeiro que frequentei um bom tempo, me contou a seguinte história:
"Rapaz tive um sonho esquisito essa noite. Sonhei com um buraco! Nisso acordei cedo e fiz a minha fézinha no jogo do bicho e apostei no cavalo e ganhei uns trocados!"
"Buraco? Cavalo? Que tem uma coisa com a outra?" - perguntei.
"Ué, para existir um buraco alguém teve que cava-lo!"


Eno Teodoro Wanke em seu Dicionário de cacófatos cita a conversa de dois folcloristas: "Você conhece o Virundum?" "Virundum? Nunca ouvi falar." "É um canto popula que descobri cantado pelas crianças de uma escola no interior do país." "E como é esse canto?" "Ovirundum pranga as margens plaaácidas..."

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Semana da CACOFONIA III

Um segundo idioma sempre é bem vindo, mas e se for em forma de cacofonia? Eis alguns exemplos clássicos - procure falar rapidamente para o efeito sonoro ocorrer:
INGLÊS
O "a" tem som de "u"? O "u" tem som de "a"?

ALEMÃO
As aftas ardem e doem, varizes idem. (ou a variação - As aftas ardem e doem, hemorroidas idem)

POLONÊS
Se cá nevasse eu usava esqui.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Semana da CACOFONIA II

Nomes próprios podem gerar inúmeros cacófatos:

UM CRIME LITERÁRIO

Quem Casto Alvez? Machado de Assis. Com o que? Camões!

UMA MISCELÂNEA

Eu como camarão, o presidente Lula.
Eu uso faca, o José Serra.
Eu prefiro a quina, o Ayrton Senna.
Eu prefiro O Exorcista, a Regininha Poltergeist.
Eu uso capuz, o Willian Bonner.
Eu Nasci no Rio de Janeiro, Ney Matogrosso
Eu prefiro Frango, o Alexandre Pato.
Eu gosto da Ivete Sangalo, o Brad Pitty.
Eu disse credo, o Oswaldo Cruz.
Meu amigo é americano, o Renato Russo.
Eu quero guerra, a Bárbara Paz.
Eu mando ele, o Nelson Mandela.
Que Deus olhe por mim e que Celso Portiolli.
Eu quebro mansões, mas a Tati Quebra Barraco.
Ao ver uma modelo você fala que ela é bonita. O Miguel Falabella.
A Faca é minha, o Machado de Assis.
Eu prefiro o Batman, o Luciano Huck.
Minha cabeça é pequena, a do Mahatma Ghandi.
Gostou? Veja aqui uma relação com centenas destes exemplos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Semana da CACOFONIA I

Cacofonia é definido como uma combinação de sons desagradáveis que ocorre ao pronunciar determinadas palavras na qual o final de uma e o inicio de outra possam gerar uma terceira palavra totalmente fora do contexto. A frase "A BOCA DELA" gerou o cacofáto "cadela". Considerado um vício de linguagem a recomendação é sempre evita-la. Em todo caso o humor, os trocadilhas usam e abusam da cacofonia.
Eis alguns textos que empregam essa técnica:

OS NÚMEROS
A professora explicava matemática e deixara um exercício no quadro-negro. Após alguns minutos, chama os alunos:
- Um, dois e três venham ao quatro-negro resolver as questões.
Os dois resolvem, mas o terceiro desculpou-se:
- Cinco muito, professora, mas não seis.
- Então, sete-se. Diz a professora e chama outro.
-Oito, venha você.
-Novemente! - reclamou o aluno.
- Ah ! Eu dezisto. Finalizou a professora..


NOME É NOME (de autoria de João Paulo Paes)
Você por acaso conheceu
Um contador chamado Romeu ?
Toda vez que errava
A conta, gritava:
“Erro meu! Erro meu! Erro meu!”
Inesperadamente, a minha tia Inês
Soltou na rua o meu cãozinho pequinês
Mas foi-lhe perdoado
Esse grave pecado
O padre só disse: “Nunca mais peque, Inês!”
Em que estação do ano
Nasceu Vera, a minha prima?
Essa até rima
Não tem engano
Nasceu na primavera
A minha prima Vera.